Depois de curtir Rotorua, decidimos conhecer a cidade de Taupo.
De lá, iríamos ver se seria ou não possível ir ao Tongariro National Park, onde é possível fazer várias trilhas.
Pegamos o ônibus da Manabus para Taupo, onde chegamos 12:30. A simpática holandesa dona da casa que alugamos no Airbnb nos aguardava no ponto de ônibus para nos levar pra casa. Além de nós, um outro casal também se hospedaria lá e foi conosco também.
Chegamos na casa e ela nos mostrou nosso quarto e o funcionamento de tudo. Depois disso, ela nos perguntou dos nossos planos e nos sugeriu fazer uma caminhada de cerca de 3h, com início no Aratiatia dam (represa) até em casa, passando por cachoeira e águas termais.
Ela se ofereceu para nos levar até a comporta, onde chegamos bem na hora em que estava abrindo (abre a cada duas horas!). Nessa comporta foi filmada uma cena de senhor dos anéis.
Depois de um tempo observando a água encher o vale, iniciamos a trilha junto ao casal alemão que se hospedou com a gente. Mas a companhia não durou muito tempo: eles logo nos deixaram pra trás.
O primeiro trecho, da barragem até a cachoeira, era bem longo (7km). Andamos num primeiro trecho com vegetação baixinha, passamos por baixo de um viaduto e depois a vegetação foi ficando mais fechada.
Alguns mirantes ofereciam vistas incríveis.
Depois de bastante tempo de caminhada, chegamos à Haka Falls, uma cachoeira com uma vazão de água impressionante. Embora seja pequena na altura, o volume que é suficiente para encher 5 piscinas olímpicas por minuto. Além disso, a água tem uma cor maravilhosa, um verde claro lindíssimo. Tiramos fotos e depois sentamos para comer e descansar para o próximo trecho.
A parada seguinte seria Spa park Taupo , onde a água quente de atividades vulcânicas encontra um rio, formando um balneário de águas quentinhas. Para nossa decepção, o caminho estava bloqueado por causa de um incêndio. Pensamos em ir pelo caminho para bicicletas, mas vimos que ele daria muitas voltas. Paramos num quiosque para comprar água, pois pela primeira vez não encontramos fontes para reabastecer (logo tão perto da cachoeira!). Aproveitamos para perguntar sobre o caminho ou ônibus e descobrimos que o único jeito seria voltar andando pela estrada.
Ok, comemos um picolé para recarregar as energias e refrescar e seguimos. Começamos a caminha na beira da estrada, até que tivemos uma brilhante ideia: pedir carona (hitchhiking)! No Brasil a prática da carona normalmente está associada a alguma emergência, como ficar sem combustível ou pane no carro. No exterior, no entanto, é mais uma dentre as muitas formas de se viajar. Chega a ser impressionante a quantidade de pessoas nas estradas tentando uma caroninha.
Alguns veículos passaram e nada. Mas com menos de 5 minutos de caminhada, um motorista simpático parou pra gente. Valeu, cara!
Nossa primeira carona!
Ele era um britânico de Leicester que é casado com uma kiwi e mora aqui a algum tempo. Ele tem um hostel para mochileiros. 🙂 Falamos que nossos planos era ir até o spa thermal park, mas que o caminho estava fechado e ele disse que poderia nos deixar na entrada do parque, que segundo ele estaria aberto. Aceitamos. Ele nos deixou na entrada, de onde caminhamos mais uns 10 minutos até chegarmos ao rio. Bastante gente.
O spa era um rio, para onde era canalizada a água termal. Com isso, algumas áreas eram super quentes, a ponto de deixar a pele vermelha onde estava submerso. Resolvemos não demorar muito pois ainda teríamos que percorrer nosso caminho de volta até em casa. Curtimos o suficiente para sofrer de frio na hora de sair!
Saímos da água, nos secamos e nos preparamos para caminhar. Quando traçamos a rota para ir para a casa, acabamos descobrindo que estávamos super perto! No caminho, ainda passamos por uma praça onde estava rolando um treino de rugby. Ficamos assistindo um pouquinho e depois fomos pra casa.
Enquanto preparávamos o jantar, ficamos conversando com um casal de canadenses super divertidos, com uma energia bem legal. No dia seguinte, eles fariam a travessia do Tongariro national park. Nós decidimos que não estávamos preparados para fazer, pois não levamos roupa de frio suficiente (o clima nas montanhas é bem variável) e nem sapatos adequados.
Em resumo, foi um dia bem agradável e adoramos ter a primeira experiência de hitchhiking (carona)!