Depois do primeiro dia dentro do motorhome, já estávamos mais acostumados. Já tínhamos aprendido a utilizar grande parte das funcionalidades e já nos sentíamos mais “em casa”.
Segundo dia de motorhome
Para a segunda noite, escolhemos a cidade de Napier, 270km distante de onde estávamos. Não sabíamos muito sobre a cidade, mas havíamos lido que essa era uma rota bem famosa e uma das estradas mais bonitas da ilha norte. Passaríamos pelas “conhecidas” cidades de Rotorua e Taupo, pelo caminho.
Seria uma boa oportunidade de visitar o vilarejo do Hobbiton ou as cavernas de Glow worms, mas Joyce ainda continuava com suas bolhinhas, então estávamos evitando público (por questões de saúde e porque ela morria de vergonha também).
Dirigimos por todo o dia, parando no caminho pro Reis tirar uma soneca depois do lanche do almoço e em alguns mirantes na estrada. Um desses mirantes, era uma estradinha despretensiosa que entramos para ver o que era e descobrimos uma cachoeira linda!
Uma coisa muito legal aqui na Nova Zelândia é que durante toda a estrada existem várias “rest areas” ou áreas de descanso, sinalizadas para que os motoristas possam encostar para esticar um pouco as pernas. Algumas dessas áreas são em locais bem bonitos, na beira de rios ou lagos. Muito top!
A estrada para Napier, no fim das contas, não foi nada megaespecial como eu imaginava. Era bonita sim, mas nada diferente das outras estradas que passamos aqui na Nova Zelândia. Além disso, o principal já tínhamos visto quando visitamos de ônibus as cidades de Rotorua e Taupo. O que mais chamou nossa atenção nas estradas do são a quantidade de caminhões de madeira e as montanhas e colinas para todo lado. E por conta disso, haja curva!!!
Tanque na reserva
Quando passamos por uma das últimas cidade antes de chegar em Napier, perguntei para o Reis como estávamos de combustível – ainda não tínhamos abastecido. Ele disse que dava pra chegar na próxima cidade. Só que essa próxima cidade não chegava nunca!
Desligamos tudo que podíamos do carro, começamos a fazer contas para ver o rendimento do carro até o momento, torcendo pra próxima cidade chegar logo. E não chegava. Pegamos o manual do carro para ver quantos litros tinha no tanque, mais contas, pensamos em dormir no acampamento mais próximo para lidar com a falta de combustível só depois que amanhecesse. Mas esse acampamento era só uns 10km antes do próximo posto que aparecia no mapa. Fomos na fé.
E não é que logo depois desse acampamento, no meio do nada, havia um microposto de combustível? O posto era totalmente desabitado. Você coloca o cartão de crédito, abastece o carro e vai embora. Simples assim. Colocamos o suficiente para chegarmos seguramente até a cidade e seguimos aliviados.
Tive quase certeza que era a sala precisa do Harry Potter, que só apareceu ali por nossa extrema necessidade! Talvez tenha sido a grande corrente de pensamentos positivos que recebemos de todos vocês. Valeu gente! <3
Chegada no acampamento
Só não contávamos que iríamos chegar no acampamento 30 minutos após o horário que a recepção fechava. Que ótimo, era o que faltava. Paramos ali para procurar um próximo acampamento e, enquanto mexíamos no celular, um senhor foi até nós e perguntou se estávamos à procura de um lugar para passar a noite. Era o dono do acampamento. Nos indicou uma vaga, deu a senha do wifi e disse que poderíamos acertar o pagamento pela manhã. Ufa!
Logo, descobrimos que normalmente as recepções de acampamentos fecham por volta das 7 ou 8 da noite e só reabrem no dia seguinte – ou seja, os viajantes precisam arrumar os planos de viagem para chegar mais cedo.
Apesar de ser um acampamento pequeno, a estrutura era bem diferente do primeiro: aqui havia como conectar o motorhome na energia para recarregar as baterias e usar o microondas e tomadas, além de wifi. Além disso, havia parquinho para crianças. Usamos o banheiro local para tomar banho e fizemos nosso jantar no motorhome. Não demorou muito para o cansaço vencer e desmaiarmos, mais uma noite na nossa casa sobre rodas.
Uma resposta
linda viagem