Durante a viagem do nosso ano sabático que realizamos em 2017, nós estudamos e avaliamos várias alternativas para viajar durante um ano inteiro, tendo experiências locais e, ainda, de forma economicamente viável. Uma das plataformas que nos ajudou muito a atingir esses objetivos foi o site Workaway, um site que permite trocar trabalho por hospedagem.
Quer saber como você também pode viajar mais, ter experiências locais durante sua viagem e ainda economizar uma boa grana?
Neste artigo você vai descobrir o que é e como funciona a plataforma Workaway, como utilizá-la durante a sua viagem e ainda vai encontrar um relato das nossas experiências, mostrando como eu consegui economizar quase 15 mil reais na minha viagem.
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O que é Workaway
Workaway é uma plataforma online que conecta viajantes e organizações que estão em busca de pessoas dispostas a trocar trabalho por hospedagem.
A plataforma é muito utilizada por viajantes que querem algo diferente durante as suas viagens. Muitos desejam ter uma experiência com nativos, enquanto outros buscam apenas uma opção para economizar durante um mochilão. Assim, usam a plataforma para encontrar anfitriões e organizações que estejam dispostos a trocar um local para dormir pelo seu trabalho e expertise.
Algumas pessoas também consideram o Workaway como um trabalho voluntário no exterior ou pesquisam também como trabalho voluntário com animais.
Em resumo, o viajante troca sua mão de obra (seja ela física ou intelectual) por hospedagem e, em alguns casos, refeições oferecidos pelos anfitriões.
Como funciona o Workaway
Como já mencionei anteriormente, o Workaway é uma plataforma que viabiliza que viajantes possam trocar trabalho por hospedagem.
De um lado da plataforma, os anfitriões criam um perfil dentro do Workaway. É mais ou menos como se fosse um anúncio de vaga de emprego.
O anúncio contém a descrição do cargo, quantidade de horas de trabalho e quais os benefícios que eles vão oferecer em troca. É comum que os anfitriões exijam entre 4 a 6 horas de trabalho, pelo menos 5 dias na semana. Daí, o viajante costuma ganhar 1 ou 2 dias de folga em que pode permanecer na hospedagem sem pagar por ela enquanto aproveita para explorar a cidade e arredores. Muitas vezes, a organização da carga horária semanal pode ser negociada.
Do outro lado da plataforma, está o viajante voluntário. Este, cadastra um “currículo” no site. Depois, se candidata às vagas que tiver interesse, espalhadas em vários países.
No currículo, o voluntário deve contar todas as suas habilidades sejam físicas ou intelectuais. As habilidades vão desde saber como colher morangos até criar sites, gerenciar redes sociais. Também é importante destacar quais os idiomas que fala e tudo mais que possa interessar aos empregadores.
Quais os tipos de trabalho que os anfitriões pedem?
São vários os tipos de serviços que os anfitriões solicitam. Você pode trocar hospedagem por trabalhos como desenvolvimento/manutenção de sites, instagram, marketing, fotografia, vídeos, jardinagem, colher frutas, limpeza, recepção de hotel, cuidar de crianças, ensinar idiomas, construção, obras, pintura,…
São oportunidades das mais diversas! Cada anfitrião que vai dizer o que sua empresa, fazenda ou casa está precisando naquele momento.
Workaway é confiável e seguro?
A plataforma Workaway é confiável sim. Nós fizemos o pagamento usando nosso cartão de crédito e não tivemos qualquer tipo de problema.
Com relação às vagas oferecidas, é preciso separar o joio do trigo. Você precisa ler com cuidado os pormenores da vaga a que está se candidatando e as avaliações deixadas para o anfitrião.
Funciona mais ou menos como no Uber.
No aplicativo de transporte, você solicita um motorista sem saber como ele realmente é. Entretanto, você pode ver quantas corridas ele fez, qual a sua nota e comentários que outras pessoas fizeram.
Quanto mais informações e melhores forem as avaliações, mais confiança você vai ter, certo?
O Workaway funciona de maneira similar.
O anfitrião faz o cadastro no site e informa uma descrição geral, tipo de ajuda que eles estão precisando, oportunidade de aprendizado e intercâmbio cultural, quais os idiomas que eles falam, como vai ser sua acomodação, quantas horas previstas de trabalho eles esperam em troca e tudo mais que for relevante.
Além disso, você encontra avaliações de outros voluntários que já estiveram com esse anfitrião, com detalhes de como foi a experiência, se o patrão cumpriu tudo o que foi combinado antes, a carga de trabalho, etc.
A partir daí, caberá a você avaliar o perfil do anfitrião de onde você quer ficar, ver as notas, avaliações e comentários de outros viajantes que já passaram por lá. Se você não se sentir confortável com aquilo que encontrou por ali, talvez seja melhor seguir sua intuição e procurar outra oportunidade.
Sempre vou ter experiências positivas no Workaway?
É como qualquer emprego. Assim como em outras situações em que temos que trabalhar e conviver com outras pessoas, pode ser que você não goste da atividade, pode não ter um bom relacionamento com o seu “chefe” ou com outras pessoas que trabalhem no local. Pode acontecer nas melhores famílias, não tem jeito.
Das três experiências que tivemos, duas foram muito positivas e uma foi neutra. No local onde tivemos uma experiência neutra, a localização era muito isolada e não conseguimos nos conectar com nossa anfitriã. Acabamos indo embora, amigavelmente, antes do previsto. Vou contar sobre as experiências ainda neste artigo.
Custos e economias ao usar o Workaway
Não tenho dúvidas de que uma das principais razões pela qual as pessoas procuram o Workaway e outros sites similares é pela economia que pode gerar durante uma viagem. No entanto, é preciso ter em mente que a plataforma não é gratuita e que existem custos para o viajante.
Quanto custa o Workaway
Para aplicar para as vagas de trabalho voluntário do Workaway, é preciso pagar uma taxa anual. Em 2020, essa assinatura custa 44 dólares (aproximadamente R$ 220,00) para uma pessoa ou 56 dólares (R$280,00) para duas pessoas que estejam viajando juntas.
Esse valor é fixo, pago uma vez por ano e você pode se candidatar a quantas vagas desejar, permanecendo tantos dias quantos forem interessantes para o anfitrião e voluntário.
Uma vantagem interessante do Workaway é que você pode verificar as vagas disponíveis antes de efetivamente realizar a sua inscrição no site. Assim, você só paga se tiver algo que você se interessa.
Quem paga os custos de passagem, deslocamentos e outros gastos?
De forma geral, o viajante tem direito apenas a hospedagem e, em alguns casos, alimentação. Quaisquer outros gastos não especificados tais como passagem aérea, deslocamentos, alimentação não mencionada, taxas, seguro, vistos, vacina, etc. costumam ser custeados pelo próprio viajante.
Economia na viagem usando Workaway
A economia na sua viagem vai depender do que você vai ganhar em troca, quantos dias vai ficar e em qual país você vai realizar esse trabalho voluntário.
Ganhar 10 dias de hospedagem no Vietnã vai ser diferente de ganhar 10 dias de hospedagem na Nova Zelândia, certo?
Durante a nossa viagem de um ano, nós estimamos uma economia de aproximadamente R$ 14.650,00. Foram 37 dias trocando trabalho por hospedagem pelo Workaway.
Lembrando que, além da estadia, ainda economizamos com alimentação, porque recebemos algumas refeições e, ainda, tivemos espaço para cozinhar “em casa”.
No Chile nós ficamos em um hotel fazenda lindíssimo, na cidade de Frutillar. Esse hotel, Hostal y Cabañas Lagune Club, tem uma diária de aproximadamente R$ 600,00 para 3 adultos. Durante os 12 dias que trabalhamos por lá, ganhamos café da manhã e almoço, além da hospedagem em uma cabana incrível de frente para o lago. Calculando uma economia com alimentação de pelo menos R$ 100,00 por dia mais o valor da diária, economizamos mais ou menos R$ 8.400,00. Além da economia, tivemos ótimas experiências e convivência com a família que nos hospedou e com outros voluntários. Lá passamos o Natal e fomos até mesmo convidados para cearmos juntos na casa da família, que fica dentro do hotel.
Na Nova Zelândia, não tivemos direito a alimentação, mas a hospedagem no país estava custando pelo menos R$ 250,00 para três pessoas. Desta forma, durante os 25 dias de troca de trabalho, economizamos cerca de R$ 6.250,00.
Como conseguir uma experiência para trocar trabalho por hospedagem usando o Workaway
Para conquistar uma vaga, você precisa basicamente de 4 passos: encontrar uma vaga de interesse, se cadastrar e pagar a anuidade do site, aplicar para a vaga e ser aceito!
Passo a passo para aplicar para uma vaga de trabalho voluntário no Workaway
1 – Faça o seu cadastro no site Workaway.info
2 – Pesquise por ofertas na região que você deseja fazer a viagem
3 – Analise as informações do trabalho, comentários de outros viajantes, o que o anfitrião vai oferecer e carga de trabalho.
4 – Caso ainda não tenha feito o pagamento da assinatura do site, é hora de desembolsar esse investimento;
5 – Aplique para a vaga. O anfitrião já vai ter acesso ao currículo que você cadastrar, mas sugiro que você faça a diferença na mensagem que você vai enviar para o seu novo “patrão”. Tire o máximo de dúvidas, mostre que você compreendeu os requisitos da vaga, além de demonstrar o seu talento. Mostre, ainda, que você se importa com aquela vaga e que tem motivação para contribuir com negócio dele. Lembre-se que a intenção do anfitrião não é apenas ajudar, ele também quer ter retorno.
6 – Aguarde a resposta. Pode ser que a resposta demore um pouco, que não venha nenhuma resposta ou que ela seja negativa. Neste caso, agradeça. Você pode tentar outra oportunidade depois.
Se a resposta for positiva, troque mais algumas ideias ou tire outras dúvidas. Lembre-se de deixar todos os detalhes de atividades, carga horária e escala de trabalho o mais claro possível para não ter frustração em ambas as partes. Beleza?
É fácil conseguir uma vaga?
Depende. Vai depender das ofertas, demandas e procura. Imagine que um anfitrião tenha uma vaga para disponibilizar e você tem a qualificação necessária para vaga e outra pessoa não tenha, você como anfitrião, qual pessoa escolheria? Então, quanto mais qualificado e experiências você tiver, mais fácil vai ser conseguir trocar o seu trabalho por hospedagem. Mas também, se você for qualificado demais, talvez não tenha interesse em trocar seu trabalho apenas por hospedagem e refeições, certo?
Nós aplicamos para várias vagas. Conseguimos ficar num hotel no Chile e em dois locais na Nova Zelândia. Aplicamos para outras vagas, mas como estávamos viajando com uma adolescente de 14 anos, alguns locais não podiam nos receber. Também existem locais que não tem interesse em receber casais, então o viajante solo pode ter mais oportunidade. Faz parte.
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Consigo usar Workaway sem falar inglês?
Pode conseguir. Entretanto, as oportunidades de vagas vão ser bem menores. Nesse caso, não deixe de considerar que existem vagas pelo Brasil e por países de língua espanhola, que pode ser um pouco mais fácil de entender.
Minha opinião aqui é: seja sincero, informe suas limitações e vontade de aprender ao anfitrião e se jogue. =)
Quais outros sites de trabalho voluntário, parecidos com Workaway?
Existem alguns outros sites de trabalho voluntário parecidos com Workaway. Vamos listar aqui os 3 que conhecemos.
Worldpackers
Worldpackers é o maior concorrente e o mais mais parecido com o Workaway. Antigamente você pagava apenas se você fosse recebido pelo anfitrião, o que podia ser considerado uma vantagem. Hoje em dia, o Worldpackers também trabalha com assinatura anual.
Qual é melhor: Workaway ou Worldpackers?
Workaway e Worldpackers são as duas melhores plataformas da atualidade nesse ramo de trabalho voluntário. Entretanto, a Worldpackers tem produzido conteúdo para o público que deseja fazer viagens de longo e prazo e ensinando também formas de remuneração na estrada.
Wwoof
Wwoof (wwoofindependents.org) é uma plataforma mais focada em fazendas de produtos orgânicos. Uma ótima oportunidade para quem quer aprender e desenvolver essa prática sustentável.
Helpx
Helpx (https://www.helpx.net/) é uma plataforma gratuita para ambas as partes e funcionam de forma similar ao Workaway e Worldpackers.
Outra opção é a AIESEC, que trabalha como uma agência. Veja o relato do trabalho voluntário da Lohanna no Egito, no blog Fora da Zona de conforto.
Qual plataforma escolher para meu mochilão
Se eu fosse assinar qualquer uma das plataformas hoje, sem nenhuma vaga em mente, eu escolheria a Worldpackers, pelo conjunto do que eles têm oferecido no momento.
Porém, no fim das contas, o que me motivaria mesmo a assinar uma plataforma específica hoje, seria ver as ofertas que mais se encaixassem nos meus objetivos.
Por exemplo, eu fiz uma pesquisa nas diversas plataformas das vagas oferecidas para o México. Dentre as ofertas que encontrei, uma em especial me chamou a atenção e a vaga estava sendo oferecida no Workaway. Então, eu faria uma assinatura nesse site para aplicar para essa vaga específica.
Faça sua análise e avalie o que vai ser melhor para o seu perfil.
Ah! Deixe para assinar o site o mais perto possível de quando for aplicar para uma vaga ou mais perto da sua viagem, para não perder “dias” de assinatura sem propósito.
Minhas experiências com Workaway
Tivemos três experiências de trocar trabalho por hospedagem usando o Workaway entre 2016 e 2017 durante a nossa volta ao mundo.
Experiência Workaway no Chile
A primeira experiência foi no sul do Chile, na cidade de Frutillar.
Ficamos numa cabana completa, com quarto e cozinha. Além disso, tínhamos duas refeições diárias, o café da manhã e almoço, que normalmente era o suficente para o jantar também. O hotel fazenda ficava na beira do lago. Um local maravilhoso, calmo e tranquilo. Simplesmente incrível.
Nossa estadia incluía a época do natal. Então, quando enviamos a nossa mensagem, falamos que gostaríamos de passar o Natal na propriedade e fomos muito bem acolhidos. Nos convidaram a passar o Natal na casa principal, da família, junto a outro casal de voluntários e amigos da família. Foi uma ceia e experiência incríveis.
Nossas atividades eram as seguintes: Renata trabalhava com mídia digital, artes, divulgação dos eventos e ainda auxiliou a servir as mesas numa confraternização de fim de ano que aconteceu no hotel.
Eu trabalhava na construção civil de um galpão que eles estavam construindo. Era um trabalho pesado e desconfortável. No final do dia, eu estava detonado, muita dor na lombar e nos dedos das mãos (menino criado por vó). Todavia, era um trabalho “normal”. Pesado, mas normal.
Apesar de ter sido um trabalho pesado, amamos essa primeira experiência com o Workaway e com certeza voltaria a repeti-lo. Deixo aqui registrado meu agradecimento ao Ricardo pela recepção oferecida. =)
Experiência Workaway na Nova Zelândia – Auckland
Nossa segunda experiência foi logo 1 semana depois da experiência no Chile. Nossa anfitriã era enfermeira e trabalhava de turno.
Nossa missão era cuidar e entreter uma criança de 10 anos de idade de férias, enquanto a mãe estava no hospital. Pudemos levar a Kate para passear, enquanto conhecíamos a cidade de Auckland, o que foi um trabalho bem divertido.
Em troca desse trabalho, nos ofereceram dois quartos privativos na casa e compartilhamos cozinha e banheiro. A cozinha foi muito utilizada para economizar nas refeições. A anfitriã costumava oferecer alimentos para que o voluntário preparasse as refeições, mas como éramos 3, achamos que ficaria muito pesado para a família e optamos por comprar nossa própria comida.
Chegamos dia 1º de janeiro e ficamos até dia 22 sendo que organizamos uma semana de folga, que aproveitamos para conhecer uma região do país. Foi inclusive durante esse tempo que descobrimos como era possível alugar motorhome por 1 dólar e tivemos nossa primeira experiência com esse casa sobre rodas.
Fica aqui nosso agradecimento à Judith e à pequena Kate. =)
Experiência Workaway na Nova Zelândia – Rangiora
Rangiora é uma cidade 30 km distante de Christchurch e foi aqui tivemos uma experiência neutra.
Mais uma vez, nós ficamos hospedados na casa de uma família composta por um casal com seus 3 filhos entre 5 e 10 anos de idade.
Nossa missão era jardinagem, limpeza da casa, pintura da cerca e ficar com as crianças quando os pais se ausentavam.
A casa era uma espécie de fazenda e ficava isolado de tudo e todos. Não tinha transporte público e, de certo modo, éramos totalmente dependentes dos anfitriões para sairmos da casa, o que nos frustrou um pouco. Isso estava claro na descrição da vaga, e a princípio não achamos que seria um problema, mas acabamos não nos sentindo muito bem com isso.
Além disso, jardinagem não é nosso forte (fomos bem sinceros quanto a isso) e embora fizéssemos os nossos trabalhos da melhor forma que podíamos, a anfitriã nunca ficava muito satisfeita.
Não tivemos um relacionamento tão bom com nossa anfitriã e acho que não conseguimos nos comunicar muito bem. Por isso, num acordo de ambas as partes, acabamos ficando 4 dias menos que estava previsto.
De todo modo, fica também o nosso agradecimentos pelas experiências e vivência, principalmente com as crianças, com quem nos divertimos bastante.
Vale a pena usar Workaway e outros sites de trabalho voluntário durante uma viagem?
Essa é uma avaliação bem pessoal e antes de decidir você precisa refletir sobre algumas questões.
O primeiro ponto importante é que o Workaway é uma troca. Você precisa dar o seu tempo em troca do que irá receber. E quanto você está disposto a trabalhar enquanto estiver viajando?
Normalmente, não costuma valer a pena para quem está viajando de férias com dias contadinhos.
Também pode não ser tão interessante se você é nômade digital que tem um projeto que te toma muito tempo, pois você vai deixar de trabalhar no seu projeto para trabalhar. Dependendo da vaga, o cansaço e a falta de tempo podem roubar energia que poderia ser dedicada ao seu projeto. Se esse é o seu caso, talvez o Trusted House Sitters seja uma opção mais viável.
Por outro lado, se você está realizando viagens mais longas, como um mochilão de 3 meses ou um ano sabático, trocar trabalho por hospedagem pode ser uma oportunidade de aprendizado, vivenciar as culturas locais e, claro, de economizar.
A resposta aqui vai depender muito de você. Eu já usei três vezes e voltaria a utilizar dependendo dos meus objetivos.
E você? Você tem perfil para esse tipo de viagem?
Um abraço de Panda e até a próxima viagem!